Por Lairton Leonardi

Ultimamente temos nos deparado com notícias pouco otimistas sobre o nosso País.

Problemas de malversação do dinheiro público; nosso Poder Executivo com uma péssima administração em todas as áreas, na economia, na política internacional, na infra- estrutura, na saúde; culminando com o Manual da FIFA que alerta aos estrangeiros que aqui virão para a Copa do Mundo que nós, brasileiros, não obedecemos leis de trânsito, nem mesmo respeitamos filas, ou seja somos mal-educados. Alerta sobre a necessidade de se prevenir contra a AIDS e até o idioma falado em nosso País, que para a FIFA é o “brasileiro” segundo eles uma derivação do Português e não do Espanhol.

Triste, não é mesmo!!

Cabe, então, uma reflexão: Como chegamos a isto e o que fazer para melhorar.

Se fizéssemos uma análise SWOT de nosso Poder Executivo, verificaríamos que sua Força é a articulação política, pois emprega meios pouco convencionais para controlar o Poder Legislativo, ou seja através do aliciamento de partidos políticos (também conhecido como “Mensalão”) neutraliza o Legislativo, tão importante para qualquer regime democrático. Agora, com fiéis representantes no Poder Judiciário, tenta dominá-lo, para que, assim, tenha o controle total do País. Além disso, o Poder Executivo, tem a extrema competência de ludibriar a população, principalmente a mais carente, com Planos e Bolsas que convencem aquela população que isto basta para seu crescimento.

Sua Fraqueza reside no fato de que seus membros, desde a Presidente, seus Ministros até escalões inferiores, não são pessoas preparadas para exercer os cargos a eles confiados. Logo, como mencionado anteriormente, os resultados da administração do País são lamentáveis, e nada é feito para melhorar, pois aparentemente, o que realmente importa é estar no poder.

Oportunidade que temos é fortalecer e assegurar que nosso País seja um dos mais importantes no cenário mundial. Começando com uma economia interna forte que garanta nossa competitividade internacional, deixando de ser um País do futuro para ocupar o lugar de destaque que realmente merecemos através de nosso trabalho.

A maior Ameaça é que o mundo vive uma crise. Alguns países trabalham arduamente para superá-la e voltar a crescer, outros, como o nosso, nada fazem e poderão sofrer ainda mais, pois a saída da crise mundial exige competência e produtividade.

Porém este governo, ou partido político, que aí está por 12 anos não tomou o poder a força. Ele foi eleito!!! E o que tudo indica será reeleito mais uma vez.

Isto mostra que não estamos preparados para eleger nossos representantes, pois nos falta discernimento na escolha. Ainda a maior parte de nossa população acredita em promessas vazias, ou pior, se contenta, com programas chamados de populares que ao invés de promover a distribuição de renda, como deveriam, na verdade nada mais são do que “mesadas” para amenizar o sofrimento de um povo e controlá-lo.

Em resumo, falta Educação ao povo brasileiro, pois somente com Educação é que seremos mais exigentes e estaremos imunes a políticos populistas, pois seremos muito mais críticos na escolha.

Como há anos vem dizendo o Senador Cristóvão Buarque, esta é a verdadeira revolução, a Revolução pela Educação!!

De fato, carecemos de dois tipos básicos de Educação.

A primeira é de formação, ou seja a Educação Familiar. Neste caso, cabe aos líderes das principais religiões,o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo orientar seus fiéis e mostrar quão importante é o núcleo familiar e seus princípios na formação de uma comunidade e um País forte.

Também, aqui, caberia a grandes anunciantes evitar o patrocínio a programas televisivos que só promovem a promiscuidade e relações nefastas entre as pessoas. O fato de não apoiar este tipo de programa já seria um grande passo.

A segunda é a Educação que leva a informação e o conhecimento às pessoas, ou seja a Escola. De fato, seria inocente pensar que um governo como o atual que manipula a opinião pública investiria em nossas Escolas e Professores.

E é exatamente neste ponto que as empresas e empresários podem e devem contribuir.

Temos que nos esforçar em desenvolver nossos projetos com nossas Universidades, promovendo uma efetiva integração ente a Academia e as Empresas. Estaremos, assim, gerando Conhecimento, contribuindo para a melhoria de nosso ensino universitário e adicionando valor às nossas empresas.

Mas só isto não basta. O nosso ensino fundamental e médio também são muito deficientes.

Temos que nos esforçar para contribuir com as Escolas nas comunidades onde atuamos abrindo a oportunidade a uma maior especialização dos Professores e proporcionando uma melhor estrutura educacional.

De fato, muitas empresas já tem esta prática. Mas ainda é pouco!

Todos temos que estar engajados nesta “revolução”

Não podemos pensar em empresas ricas em um País pobre ou buscar competividade se não temos infraestrutura, ou pessoas bem preparadas em cada atividade profissional. O Gerenciamento do Conhecimento é feito com base em pessoas.

Torna-se necessário conectar o progresso das empresas com o progresso social, fundamentado na Educação, ou seja, como afirma Porter, “aprender a gerar valor compartilhado é o maior desafio de nossas empresas”

A tão almejada Sustentabilidade que todos buscamos passa obrigatoriamente pela Social, sem esquecermos da Econômica e Ambiental.

O apoio a Educação deve ser nosso maior objetivo quando falamos de Sustentabilidade Social. Neste sentido as Associações Setoriais tem também um importante papel, pois podem chamar para si a articulação necessária para que o Setor invista em Educação tornando o trabalho muito mais efetivo, uma vez que pode agregar empresas de todos os portes nesta jornada importante para o nosso País.

Este é um trabalho de longo prazo que busca uma solução definitiva a um mal que vem afligindo nosso Brasil há anos. Não estamos falando de um simples patrocínio, mas criar condições para estabelecer um processo auto sustentável de Inovação Social.

Nosso curto prazo já está comprometido. Se escolhermos ficar com os governantes que aí estão, vamos amargar mais quatro anos de retrocesso. Se por ventura a oposição conseguir ganhar o poder mesmo com sua atuação tímida (ou conivente?) terá que tomar medidas tão amargas para consertar 12 anos de incompetência que possivelmente não serão reeleitos em 2018, a não ser que nossa população entenda os sacrifícios que serão necessários.

Assim, nos resta “driblar” a crise, como estamos fazendo, com um trabalho voltado a produtividade, eliminação de desperdício com foco na efetividade de nossos processos sejam de produção ou administrativos. Porém temos que começar nossa Revolução pela Educação para em 2018, 2022, 2026 possamos ter nosso povo votando em representantes que realmente trabalhem pelo País.